de Nelson Pereira dos Santos

[Brasil / 1963 / 105 min]

 

DIA 22 DE AGOSTO
3ª feira | 21h30

Sessão única, comemorativa dos 60 anos da estreia do filme.

Quinta-feira, 22 de agosto de 1963: Vidas Secas de Nelson Pereira dos Santos estreava no Rio de Janeiro, no circuito dos cinemas Metro, recebido com um entusiasmo que se traduz com perfeição no comentário de Otto Lara Resende: “Saio de Vidas Secas com a convicção de que esse filme, sozinho, funda e justifica uma nação. O Brasil está, enfim, descoberto. E o Nordeste passa a ser um problema na consciência universal. É uma obra-prima”.

É verdade, nem todas as reações da imprensa foram igualmente favoráveis: no Correio da Manhã, Antônio Moniz Viana (22 de agosto) viu “honestidade sem imaginação, tributo e não transfiguração. A homenagem funciona, o filme existe sem brilho, mais pelo reflexo de um bom romance (…) Nelson Pereira dos Santos estaciona ao nível do artesanato, não ousando ir mais longe”. No O Jornal, o veterano Pedro Lima encontrou muitas falhas no filme, “vale como documentário”. E, lembra Helena Salem no livro O sonho possível do cinema brasileiro, “o jornalista Carlos Heitor Cony, em sua coluna “Da arte de falar mal”, no Correio da Manhã, afirmou que sequer conseguiu assistir até o fim (“não suportei o filme”).

Mas prevaleceu o entusiasmo: na Tribuna da Imprensa, Ely Azeredo publica uma série de quatro críticas (25, 27, 28 e 29 de agosto) : “Concentrado e áspero, mas ao mesmo tempo banhado de poesia e aberto à comunhão de todas as sensibilidades. O tempo talvez o consagre como a primeira obra-prima do cinema brasileiro. Não estamos ante uma adaptação comum e, muito menos, ante uma tradução servil do texto literário à linguagem cinematográfica (…) Nas raras ocasiões em que se afasta do conteúdo do texto, Nelson o faz a partir de sugestões que podem ser encontradas nele”.

No Jornal do Brasil (26 de agosto), José Carlos de Oliveira observa que a câmera, “com toda humildade, se dedica a reconstituir, passo a passo, a existência de cinco pessoas. Tudo é triste e pobre, brasileiramente triste. Nelson Pereira dos Santos mostra o que realmente é: um artista ilustre, um homem digno (…) Quando as luzes se acendem, sobre a desolada última cena, todas as consciências estão intranquilas. Vejam: eles não pedem nada demais. Não querem as nossas fazendas, nem os nossos apartamentos, nem o nosso dinheiro, nem a nossa fé, nem a nossa liberdade. O que eles querem é apenas uma cama de couro, uma sombrinha, um vestido estampado, um par de sapatos, comida e água. O nosso futuro está ameaçado na razão direta da nossa incapacidade de satisfazer essas necessidades mínimas”.

Em outubro, na estreia em Belo Horizonte, Claudio Mello e Souza, no Estado de Minas (20 de outubro), vê no filme de Nelson “mais que o melhor filme nacional: é o fundador de uma linguagem brasileira de cinema. Com Vidas Secas passamos ter um verdadeiro, e por isso mesmo novo, cinema nacional”. Também em outubro, em Porto Alegre, Hiron Cardoso Goidanich, o Goida, saudava o filme em Última Hora (18 de outubro): “a secura das imagens, a pobreza da ação, a monotonia do desenvolvimento argumental nos são apresentados de uma forma nova, uma linguagem de cinema que não conhecera similares ainda no Brasil — quiçá no mundo. O filme nos toma de assalto e dificilmente podemos afastar dele nossa lembrança o resto da vida. O filme é um todo uniforme, onde não está sobrando esta ou aquela cena. Tudo é importante, tudo tem seu lugar certo, tudo funciona para nos atrair à tela ao problema do Nordeste, o texto de Graciliano e a arte visual criada por Nelson Pereira dos Santos”.

Logo depois chegava às livrarias Revisão crítica do cinema brasileiro, livro em que Glauber aponta Vidas Secas como “o verdadeiro começo da obra de Nelson” e o diretor como “um dos intelectuais mais sérios de sua geração. A mais fértil, madura e corajosa mentalidade do cinema brasileiro”.

Nelson já tinha retornado ao jornalismo, trabalhava como redator no Jornal do Brasil quando Vidas Secas estreou em São Paulo, poucos dias antes de sua exibição no Festival de Cannes. Na Folha de S. Paulo (9 de maio de 1964) Benedito J. Duarte comentava: “Tristão de Ataíde, numa de suas crônicas para este jornal, depois de haver assistido a Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos, confessa que jamais poderia supor algum êxito na transposição do livro de Graciliano Ramos para as imagens do cinema. Como acreditar na versão cinematográfica brasileira desse Machado de Assis do sertão, seco como uma queimada de agosto, com seu intencional estrangulamento emotivo e despojamento paisagístico?” — indaga Tristão de Ataíde, justificadamente assombrado.

E, realmente, essa adaptação tão fiel ao espírito tão austero da obra literária pura, difícil entre todas de qualquer tradução, seja para outro idioma, seja para a linguagem do cinema, constitui a grande surpresa e o enorme mérito desse filme, um dos mais importantes já realizados em toda a nossa atribulada história cinematográfica (…) Há sequências em Vidas Secas que se tornarão inesquecíveis como criação cinematográfica, como documento social, como um terrível e pungente depoimento, sobre que, agora, deverão meditar, com seriedade, os homens da política, da administração, da sociedade brasileira”.

Maio de 1964: em Cannes, Vidas Secas recebe o Prix Cinémas d’Art et d’Essai, do júri da associação francesa de cinemas de arte, o prêmio do júri do Office Catholique Internacional du Cinéma e o Prêmio de Meilleur Film pour la Jeunesse, do júri de estudantes secundários e universitários. Em entrevista para o Caderno B do Jornal do Brasil, o escritor Ricardo Ramos, filho de Graciliano, comenta as premiações e destaca a fotografia como o ponto alto do filme: “com os implacáveis contrastes preto-branco, caracterizou muito bem a paisagem agreste nordestina”.

Maio de 2004, mais uma vez no Festival de Cannes: no debate com os jornalistas depois da projeção de Nossa Música / Notre musique, perguntado sobre seus primeiros filmes e a revolução dos novos cinemas da década de 1960, Jean-Luc Godard disse que a maior parte dos filmes daquele período envelheceram, e vistos hoje não mostram mais o vigor de outrora. Raros permanecem novos. Um desses raros, apontou, é Vidas Secas.

José Carlos Avellar

Ciclo de cinema de Roberto Rossellini | Cópias Digitais Restauradas

“Nos caminhos bem alinhados das histórias do cinema, Roberto Rossellini repousa sob um epitáfio inabalável: pai do neo-realismo.
Imagino a surpresa de um espectador, hoje em dia, que de Rossellini apenas conhecesse essa etiqueta intimidadora e que, respeitosamente, entrasse, como se entra num museu, em Stromboli, Viagem em Itália, Europa 51 ou ainda O Medo. De súbito, ver-se-ia envolvido numa obra abrasadora, directa como uma bala, devastadora, em resumo uma obra viva e moderna, o oposto de uma peça de museu.”
— Alain Bergala

EM EXIBIÇÃO A PARTIR DE 10 DE AGOSTO

O MEDO [Itália/ 1954 / 84 min]

ÍNDIA [Itália/ 1959 / 95 min]

ROMA, CIDADE ABERTA [Itália/ 1945 / 100 min]

PAISÀ – LIBERTAÇÃO [Itália/ 1946 / 110 min]

ALEMANHA, ANO ZERO [Itália/ 1948 / 75 min]

O AMOR [Itália/ 1948 / 75 min]

STROMBOLI [Itália/ 1950 / 107 min]

EUROPA 51 [Itália/ 1952 / 113 min]

A MÁQUINA DE MATAR PESSOAS MÁS [Itália/ 1952 / 82 min]

VIAGEM EM ITÁLIA [Itália/ 1954 / 75 min]

Ciclo de cinema Rogério Sganzerla & Helena Ignez.

 

EM EXIBIÇÃO 4, 5 E 6 DE AGOSTO

O BANDIDO DA LUZ VERMELHA de Rogério Sganzerla [Brasil/ 1968 / 92 min]

A MULHER DE TODOS de Rogério Sganzerla [Brasil/ 1969 / 87 min]

COPACABANA MON AMOUR de Rogério Sganzerla [Brasil/ 1970 / 85 min]

A MULHER DA LUZ PRÓPRIA de Sinai Sganzerla [Brasil/ 2019 / 74 min]

A ALEGRIA É A PROVA DOS NOVE de Helena Ignez [Brasil/ 2023 / 100 min]

 

Rogério Sganzerla é considerado o ícone do cinema marginal. Fundou, com Júlio Bressane, a Belair, produtora que na década de 70 soou como um dos mais fortes gritos de revolta estética no cinema brasileiro. O cinema autoral de Sganzerla afastou-se do cinema novo e evoluiu para uma espécie de “poesia furiosa” que emerge numa vanguarda estética em ruptura com a geração precursora do cinema novo. Sganzerla trouxe irreverência ao cinema brasileiro que ainda hoje é objecto de culto.

Helena Ignez é figura de destaque na cultura brasileira. Integrou inúmeros movimentos de vanguarda e é chamada de MUSA DO CINEMA NOVO. Na realização, enveredou por um cinema que incorpora os códigos do teatro performativo para construir um trabalho político de enorme liberdade.

Ciclo de cinema Maurice Pialat com novas versões restauradas.

 

EM EXIBIÇÃO A PARTIR DE 13 DE JULHO

 

LOULOU de Maurice Pialat [França/ 1980/ 110 min]

POLÍCIA de Maurice Pialat [França/ 1985 / 113 min]

AOS NOSSOS AMORES de Maurice Pialat [França/ 1983 / 109 min]

AO SOL DE SATANÁS de Maurice Pialat [França/ 1987 / 94 min]

A INFÂNCIA NUA de Maurice Pialat [França/ 1968 / 83 min]

QUANDO O AMOR ACABA de Maurice Pialat [França/ 1972 / 110 min]

O MIÚDO de Maurice Pialat [França/ 1995 / 102 min]

PRIMEIRO PASSA NO EXAME de Maurice Pialat [França/ 1978 / 86 min]

VAN GOGH de Maurice Pialat [França/ 1991 / 158 min]

A VIDA ÍNTIMA DE UM CASAL de Maurice Pialat [França/ 1974 / 82 min]

CINEMA FRANCÊS EM ESTREIA é um ciclo de cinema constituído por seis estreias nacionais a decorrerem entre Junho e Novembro, com uma cadência mensal.

Este ciclo apresenta um conjunto de cineastas que ainda não chegaram ao circuito comercial em Portugal, mas que já contam com um impressionante percurso pelo circuito internacional de festivais de cinema.

Um programa com seis filmes que na sua interessante diversidade constroem uma boa amostragem do cinema francês contemporâneo, ao passo que sugerem uma estimulante ideia de prospectiva de uma geração de cineastas. A ver vamos.

Mas, por agora, é vê-los no Cinema Trindade sem reservas. A única reserva que se aceita é aquela que garante o seu lugar na sala de cinema!

 

PROGRAMA

ESTREIA DIA 15 DE JUNHO

OS PIORES
de Lise Akoka & Romane Gueret
[França / 2022 / 99 min]

Um grupo de adolescentes problemáticos do mesmo bairro são seleccionados para protagonizar um filme durante o Verão. Os bastidores da rodagem do filme, assim como as conexões entre os jovens, as suas histórias de vida e os dilemas do realizador são as linhas que conduzem a narrativa.

ESTREIA DIA 06 DE JULHO

OS CINCO DIABOS
de LÉA MYSIUS
[França / 2022 / 95 min]

Vicky (Adèle Exarchopoulos), uma criança estranha e solitária, tem um dom: consegue sentir e reproduzir qualquer odor que queira, que armazena em frascos cuidadosamente rotulados.
Extraiu secretamente o odor da sua mãe, Joanne, por quem nutre um amor louco, quase doentio. Quando a sua tia afastada regressa inesperadamente, a invocação da sua fragrância
mergulha Vicky em memórias mágicas e sombrias, onde descobre os segredos da sua aldeia, da sua família e da sua própria existência.

ESTREIA EM AGOSTO

BADEN BADEN
de RACHEL LANG
[França / 2016 / 99 min]

Depois de ser maltratada por uma atriz de sucesso e pelo produtor, Ana, 26 anos, abonadona o set do filme em que trabalha para regressar a Estrasburgo, a sua cidade natal. Durante um verão escaldante, ela decide fazer uma pequena remodelação na casa-de-banho da avó, comer ervilhas e cenoura com ketchup, conduzir um Porsche, comer ameixas, dormir com a sua melhor amiga, perder a carta de condução e reatar com o seu ex-namorado. Um verão singular e caótico, durante o qual Ana tentará remediar a sua vida.

ESTREIA EM SETEMBRO

NOITES SELVAGENS
de PATRIC CHIHA
[França, Bélgica, Áustria / 2023 / 103 min]

Durante 25 anos, num grande clube nocturno, um homem e uma mulher aguardam juntos a chegada misterioso acontecimento. De 1979 a 2004, do disco ao techno, esta é a história de um amor, e de uma obsessão. Esse “acontecimento” acabará por se manifestar, mas de uma forma muito mais trágica, e triste, do que o esperado.

ESTREIA EM OUTUBRO

ORLANDO: A MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA
de PAUL B. PRECIADO
[França / 2023 / 98 min]

Em 1928, Virginia Woolf escreveu Orlando, o primeiro romance em que o personagem principal muda de sexo no meio da história. Um século depois, o escritor e ativista trans Paul B. Preciado decide enviar uma carta filmada a Virginia Woolf: o seu Orlando saiu da sua ficção e vive uma vida que nem ela poderia imaginar. Preciado organiza um casting e reúne 26 pessoas trans e não binárias contemporâneas, de 8 a 70 anos, que personificam Orlando.
 

ESTREIA EM NOVEMBRO

GERAÇÃO LOW-COST
de EMMANUEL MARRE
+ JULIE LECOUSTRE
[França, Bélgica / 2021 / 115 min]

Cassandre (Adèle Exarchopoulos.), uma hospedeira de bordo de uma companhia low-cost, vive entre viagens e redes sociais, enquanto lida com falsos sorrisos de boas-vindas no mundo da aeroviação, até que perde seu emprego e precisa de voltar para casa.

de Kléber Mendonça Filho

[Brasil / 2023 / 93 min]

DIA 16 DE JULHO

domingo | 21h30 – Sessão especial com a presença do realizador Kléber Mendonça Filho, seguida de conversa com o público

RETRATOS FANTASMAS é o novo filme de Kléber Mendonça Filho (“Bacurau”, “Aquarius” e “Som ao Redor”) Fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem, RETRATOS FANTASMAS traz o espaço histórico e humano como o personagem principal, revisitando-o através dos grandes cinemas que serviram como espaços de convívio durante o século XX.
aceitação.

de João Canijo

[Portugal, França / 2023 / 124 min]

 

DIA 14 DE MAIO
domingo | 21h15 – Sessão especial com a presença do realizador João Canijo, seguida de conversa com o público

 

SINOPSE

Um hotel junto à costa norte de Portugal, acolhe os seus clientes, num fim de semana. Um homem vive dividido entre a atenção a dar à sua mulher e o espaço que ocupa a sua mãe no meio deles. Uma mãe promove o casamento da filha para facilitar a sua relação amorosa com o genro. Outra mãe vive através da filha, impedindo-a de tomar as suas próprias decisões. Três núcleos familiares em final de ciclo de aceitação.

de João Canijo

[Portugal, França / 2022 / 127 min]

 

DIA 13 DE MAIO
sábado | 21h15 – Sessão especial com a presença do realizador João Canijo, seguida de conversa com o público

 

SINOPSE

Num hotel familiar junto à costa norte de Portugal, vivem várias mulheres da mesma família de gerações diferentes. Numa relação envenenada pela amargura tentam sobreviver no hotel em decadência. A chegada inesperada de uma neta a este espaço claustrofóbico provoca perturbação e o avivar de ódios latentes e rancores acumulados.

de Marco Martins

[França, Portugal, Reino Unido / 2022 / 113 min]

 

DIA 18 DE MARÇO
sábado | 16h00 – com a presença do realizador Marco Martins e do actor Nuno Lopes + conversa com o público moderada por Daniel Ribas
sábado| 21h30 – com a presença do realizador Marco Martins e do actor Nuno Lopes + conversa com o público moderada por Inês Nadais

 

SINOPSE

Outubro de 2019, Great Yarmouth, Norfolk (Reino Unido). Três meses antes do Brexit. Centenas de imigrantes portugueses continuam a chegar a esta vila costeira semi-abandonada, outrora um destino balnear de eleição para a classe trabalhadora Inglesa, em busca de uma vida melhor. Tânia (a Mãe dos Portugueses), antiga trabalhadora das fábricas, está agora casada com um inglês e lidera uma rede de contratação de mão-de-obra barata vinda de Portugal para trabalhar nas fábricas de peru da região. Numa região com uma das taxas mais altas de desemprego do Reino Unido (onde o voto Leave teve mais de 70%), Tânia vive da exploração dos emigrantes que instala nos decadentes hotéis da marginal (pertencentes ao pai do seu marido) na esperança de um dia vir a adquirir cidadania inglesa e deixar o negócio de alojamento dos imigrantes, transformando os hotéis do seu marido em residências para cidadãos seniores.

 

Um foco, baseado na Trilogia de Salta, que propõe a maravilhosa possibilidade de contacto com o universo de subtilezas e a vertigem desenfreada de uma obra de assombro para o cérebro e para o coração.
Abram os pulmões e deixem entrar o ar puro – que é o cinema de Lucrecia Martel.

 

EM EXIBIÇÃO A PARTIR DE 30 DE MARÇO

 

O PÂNTANO

Lucrecia Martel

[França, Argentina / 2001 / 103 min]

SINOPSE

 

A RAPARIGA SANTA

de Lucrecia Martel

[Argentina, Itália, Países Baixos, Espanha / 2004 / 106 min]

SINOPSE

É Inverno em La Ciénaga. Amália, jovem adolescente, tenta salvar a alma de um médico de meia-idade, hospedado no hotel familiar.

 

A MULHER SEM CABEÇA

de Lucrecia Martel

[Argentina, Espanha, França / 2008 / 85 min]

SINOPSE

Verónica está ao volante do seu automóvel quando, num momento de distracção, atinge qualquer coisa. Nos dias seguintes, ela sente-se como que a desaparecer, docemente indiferente às coisas e às pessoas que a rodeiam. Subitamente, confessa ao marido que matou alguém na estrada. Os dois regressam ao local do acidente, mas apenas descobrem o cadáver de um cão. O episódio parece ter ficado concluído e a vida retoma a sua normalidade. Mas uma terrível descoberta vem de novo atormentar Verónica…

 

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